Uma leve brisa anuncia a chuva que se aproxima de Natal, a ensolarada capital do Rio Grande do Norte. Era uma bela tarde de domingo quando gays, lésbicas e simpatizantes foram às ruas do bairro de Lagoa Nova reivindicar os seus direitos à cidadania. Defronte a um grande hipermercado, se aglomeram dezenas, centenas de fortões, garotos magricelas, travestis, drag-queens e andrógenos, gente que você não sabe se são homens ou mulheres.Os alegres manifestantes caminharam com faixas pedindo uma sociedade menos agressiva e que respeitem a individualidade de cada GLSBT. As ditas minorias se apresentaram numa festa glamurosa com milhares de plumas e paetês que se destacavam a cada raio do noivo de Natal, e juras de casamento não faltavam, a luta pela união dos “diferentes” em busca de uma igualdade perante os “Iguais” abalou a tarde natalense.
Num percurso feito na avenida com o nome do presidente que enfrentou a Guerra dos Canudos, a cidade de Cascudo enfrentava um desafio, reunir num arco-íris só todas as cores, a do preconceito, da igualdade, do respeito, da alegria, das diferenças, e o branco da paz foi o que ressaltou diante de todas as outras. Nem sempre as lutas são sinônimos de violência, de guerra, mas de paz e de reconciliação.
Para todo gay que se preze It's Rainning men não poderia está de fora,o hino mais fechoso de todos os tempos tocou incansavelmente por homens e mulheres que gritavam pela liberdade.A parada, que não tinha nada de pit stop, movimentou músculos de saradões e silicones de travas e trans, o que teve literalmente de parada, foi fazer com que a sociedade parasse para pensar que todos somos iguais, dependente da orientação de cada um.
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