
Milhares de pessoas são intimadas a reunir-se, o local é indeterminado, o horário também, o destino delas é incerto. De início o local parece estranho, uma grande gaiola é armada em pontos estratégicos, as pessoas entram, aguardam o grande momento, e ele chega. Mal sabiam eles que o destino de um era o de todos. A praça.
O que seria uma simples viagem se tornou uma excursão de férias. Eu como tantas outras sardinhas naquela lata, queríamos logo sair Dalí, de repente mais que repente, pessoas de outra gaiola entram em nosso habitat super populoso, e tudo só era o início. Da união surgiu a separação, descemos na gaiola 13, e seguimos em direção aos nossos destinos.


Porque chamar aquilo de uma estação de transferência? Nos sentimos como sardinhas ou como pássaros presos em uma gaiola sem poder voar, presos literalmente, as vezes até água nos oferecem, doce e saborosa( da chuva), interação social é o lema de quem está lá, quer mais interação do que 5 pessoas em um metro quadrado?
E mais um dia se vai e com ele a certeza de que o próximo não será diferente, e com outra diferença, a interação social continuará maior, e eu não farei mais parte dela, farei parte de outra interação, a dos poluidores, já que o coletivo não funciona, melhor fazer o individual. Comprei um carro.